Entre os dias 16 e 21 de agosto de 2025, o Memorial Chico Mendes acompanhou e monitorou as oficinas de Capacitação em Gestão da Água e Saúde Ambiental realizadas em comunidades ribeirinhas do entorno de Porto Velho, em Rondônia.
Essas atividades integram uma das etapas do Projeto Sanear Amazônia, iniciativa coordenada pelo Memorial Chico Mendes com financiamento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que busca promover o acesso à água de qualidade e ao saneamento básico para comunidades tradicionais da Amazônia, por meio da implementação e monitoramento de tecnologias sociais.
A execução das capacitações foi realizada pelo Instituto Vitória Régia (IVR) e pela Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI), entidades responsáveis por levar conhecimento técnico e sensibilização às famílias beneficiárias, de modo a assegurar que a gestão da água e da saúde ambiental seja um processo coletivo e participativo.
Os encontros abordaram temas como o cuidado e o tratamento da água destinada ao consumo humano, o monitoramento da qualidade da água disponível para a população, a relação entre saneamento, ambiente e saúde, as doenças associadas à falta de saneamento e a operação e manutenção das tecnologias que estão sendo implantadas.
O Instituto Vitória Régia conduziu três oficinas entre os dias 18 e 23 de agosto, reunindo moradores das comunidades Maravilha, com 36 participantes, Niterói, com 33 participantes, e Ramal do Jacu, com 42 participantes.
Já a Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual realizou sua oficina nos dias 19 e 20 de agosto na comunidade Bom Será, reunindo 32 participantes.
Durante o período de viagem, também foi possível acompanhar as ações de mobilização, o cadastro das famílias e as visitas técnicas nas comunidades que serão contempladas pelas próximas etapas do projeto. Essas visitas permitiram observar o início das construções das tecnologias sociais que irão atender à região, além de ampliar o diálogo com os moradores e fortalecer o sentimento de pertencimento em relação à iniciativa.
A participação nas capacitações e nas atividades de mobilização contribuiu para a troca de experiências, para o fortalecimento do debate sobre soluções sustentáveis para a Amazônia e para a vivência da realidade das comunidades beneficiadas.